segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O Novo ENEM mais uma vez mostra sua ineficiência como forma de Seleção Nacional



Desde quando o ENEM começou a ser utilizado como método de seleção para acesso às universidades federais do Brasil inteiro, em 2009, uma seria de erros e contradições trouxeram a tona um grande debate em torno da eficiência do exame e do modo “democrático” de acesso ao ensino superior, por ele proposto.

Não há igualdade de acesso, entre desiguais em direitos!

O ENEM vem quer impor uma política que nunca foi experimentada pelo nosso país, e não estou falando de uma nova forma de acesso à universidade, estou falando de uma política que pretende aplicar uma única prova a todos os estudantes, do país inteiro, pelo simples motivo de que “TODOS SOMOS IGUAIS”, como bem diz nossa constituição. Mas todos sabem que esses direitos iguais só existem no papel, e olhe lá.
O Novo ENEM, de forma desigual, coloca em pé de igualdade os estudantes do Instituto Dom Barreto (PI), segunda melhor nota do ENEM, e os da Escola Municipal Francisco José dos Santos, de Santa Rosa do Piauí (PI), terceira pior nota do ENEM. E isso se alastra pelo país inteiro, das mil piores escolas, segundo o exame, 704 são públicas.
 Os estados com as melhores escolas dos pais são o Rio de Janeiro (35 escolas), Minas Gerais (28) e São Paulo (15). Os três, sozinhos, concentram 78% das escolas do "top 100" do Brasil. Ou seja, o ENEM dessa forma cria verdadeiros centros de excelência no sul e sudeste do país, enquanto as regiões norte e nordeste continuam excluídas e condenas à miséria perpetua.

O Exame nacional que não se sustenta em se mesmo!

A cada ano que passa o Novo ENEM oferece provas concretas de sua ineficiência como exame nacional. Logo em 2009, quando passou a ser usado como forma de seleção em universidade públicas, a prova do ENEM vazou e o exame teve que ser remarcado, no Brasil inteiro. No ano seguinte, 2010, uma falha mais grotesca ainda: erros de impressão no caderno de texto e no cartão resposta, que custaram 140 milhões de reais aos cofres públicos, provocou o adiamento e remarcação das provas para os estudantes atingidos, novamente, em todo o país.
Agora em 2011, quando pensavam que o Exame iria passar em leso, mais uma prova de sua ineficiência: 13 questões vazaram em um simulado aplicado pelo colégio Chirstos, de Fortaleza. Fato que resultou na anulação das questões, novamente, para o país inteiro, pela Justiça Federal. Sendo que a Justiça Federal estudou ainda a possibilidade de cancelamento da prova. Apesar disso, o Ministério da Educação, através do INEP, Acredita que essa foi uma decisão errônea e vai recorrer ate o fim da semana.
Portanto, para além das causas contraditórias apontadas acima, as causas funcionais também preocupam. Um método avaliativo, que a cada ano prejudica milhares de estudantes, pela sua ineficiência e principalmente, porque essa ineficiência não se dá somente no âmbito do local onde ocorreu o erro, mas no Brasil inteiro.

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