segunda-feira, 31 de maio de 2010

Mudar


Deito... levanto.
E mesmo cansado, olho entreaberto
Cansado olho pro lado
E triste percebo que nada esta mudado
Terra de cães
Trabalhadores tomados de assalto
Vida sem vida
Morte por nada
Nada...
Nada, esta mudado
Reis que vem e vão
Mas vêm em vão
Causas defendidas
Por rebeldes calados
Novamente percebo que nada esta mudado
Camas de jornais
Fome sem comida
Triste realidade de tal nação sub-desenvolvida
E finalmente... finalmente percebo, que nada esta mudado
Pois nada fiz pra mudar!
Por que mudo calado,
Não preenche Lugar! 

Do inicio ao Fim


A primeira energia? o Sol!
Depois o fogo, 
dai a necessidade de mais fogo, mais fogo, mais fogo.
Então a maquina a vapor,
dai o desmatamento.
E mais fogo, mais fogo, mais fogo.
Então, o Crescimento, "lindo" crescimento...
Então o exagero, a maquinaria, a velocidade, o carro, o navio, o trem, 
a vapor, a vapor, a vapor.
Dai mais desmatamento.
E mais fogo, mais fogo.
A industria revoluta,
revoluciona a labuta.
Velocidade, velocidade, velocidade.
A maquina homem perde a guerra,
Mas essa guerra homens comem.
Homem maquina, "maquinomem"
Volocidade, velocidade, velocidade...
mediocridade.
Cresci a industria
Jorra o petroleo.
A humanidade desanda.
É global, global, global.
O medo prevaleci...
a vida permaneci.
Até quando, Até quando?

sábado, 29 de maio de 2010

Aos que vêem com eu!

   Aos que vêem, e percebem a mídia com instrumento social, transformador e formador de opiniões.
   Aos que vêem, e percebem o profissional da mídia como principal ator nesse processo, atuando como um agente social influenciador de uma sociedade.
   Aos que vêem a comunicação como direito humano e aos que percebem que a informação, quando de interesse público, não pode de modo algum parar em determinações judiciais.
   Aos que vêem a notícia muito além do mercado e aos que percebem que ela não tem preço.
   Aos que anseiam por uma mídia sem espetacularizações, sem exacerbações e construções mirabolantes.
   Aos que buscam uma comunicação democrática, limpa do julgo das sombras tributadas e aos que querem a ativa participação e o fim da monopolização.
   Aos que anseiam por mudanças e não se permitem vender a um sistema corrupto e de imposições.
   Aos que acreditam no coletivo e percebem o quão maior e mais fácil é a construção conjunta.
   Aos que defendem interesses sociais e não seus próprios e individuais interesses.


Aos que vêem com eu, vejam só:
28 de março de 2010, o dia começa com chuva fraca que logo dá lugar ao forte e habitual sol da capital piauiense, uma sexta-feira que tinha tudo pra ser como todas as outras, não fosse o I Seminário de Comunicação Social da Justiça Federal no Piauí: O direito à informação e a garantia à inviolabilidade da imagem num mundo globalizado.

O seminário, que aconteceu no Auditório Salmon Lustosa, Fórum Coelho Rodrigues, Seção Jurídica do Piauí – Av. Miguel Rosa, n.7315 – redenção, trouxe importantes palestrantes, como a desembargadora federal do TRF da 2ª Região (RJ), Salete Maria Polita Maccalóz e o jornalista Marcio Chaer, diretor do Site Consultor Jurídico, além de grandes nomes do direito e do jornalismo piauiense, tais como o Prof°. Dr°. Fenelon Rocha, o Promotor Edílson farias, dentre outros. Na plenária: estudantes de comunicação social e direito, jornalistas, advogados, defensores públicos, lideres comunitários, professores, representantes de movimento sociais, etc.

Tudo isso daria ao seminário ingredientes importantíssimos para fazer dele um grande evento. É bem verdade que foi. Mas confesso que meio desastroso e decepcionante ao meu ver. E não só ao meu ver. Do meu lado esquerdo, por exemplo, estudantes de comunicação e do meu lado direto, profissionais da comunicação e a voz de ambos era unívoca... Ou melhor, o sentimento de: “o que esta acontecendo aqui?” era unívoco. É... Talvez até entendêssemos o que estava sendo exposto, mas há, e a Deus agradeço todos os dias por isso, uma linha bem grande entre entender e aceitar aquilo como verdade.
Levanto 6 horas da manha, saio de casa ainda com chuva, agravado por um pequeno vestígio de gripe mal curada, querendo um acumulo maior de conhecimento, perceber coisas novas e ver a comunicação pelos olhos da justiça, mas deparo-me com discursos que nunca imaginei ouvir num seminário desse tipo.

A proposta de debater liberdade de expressão, direito ao resguardo da imagem e direito à informação, é de fato importantíssima. Para além da proposta, o desenrolar dos debates é que foram decepcionantes, sobretudo, no painel 1: Liberdade de expressão X limitações da atividade jornalística: dilemas contemporâneos, que trouxe, na fala de Marcio Chaer, um caráter puramente mercadológico e tecnicista.

O que eu assimilaria do seminário? Que a informação é um produto, que o jornalista é apenas um fabricador de noticias que serão vendidas, que um curso superior é totalmente desnecessário na área de comunicação, que as justiças são lentas por têm que ser lentas, que a censura não existe, que o juiz ao impedir que uma noticia, de interesse público, seja publicada, ele esta somente cumprindo seu papel e não censurando o jornal. Que o comunicador social nada tem de social, que ele é apenas um boneco manipulado e constantemente moldado por um sistema maior e que é esse sistema que indica seu modo de atuação. Tiraria que o publico tem o "poder nas mãos": o controle remoto, que ele muda de canal quando quer e assiste o que quer, mas não o que lhe é ofertado.  E mais, que ele prefere futilidades à cultura e que a cultura, e isso foi de veras engraçado, do povo piauiense é o “É o Tchan”, "Rebolition", "Creu" (cito-os apenas como exemplo).

De tudo isso concluiria ainda dizendo: que de nada adianta o que estou aprendendo na academia, pois não quero um papel (lê-se diploma) que não me serve de nada, nem fazer dele tal mesquinha bagatela, parafraseando W.Shakespeare

Que bom que vejo as coisas com outros olhos, e que percebo que muitos também vêem.

Mas de todo não foi tão ruim, se pararmos pra pensar que aprendemos mais com os maus exemplos que com os bons. Esse é um exemplo que não quero seguir, não quero ser esse tipo de jornalista, digo, esse tipo de fabricador de notícias.

O bom de tudo isso é que no final da tarde tudo acaba, e posso esquecer de tudo que passou. Ou não, e quer saber!? Acho que não quero e nem devo esquecer. O bom, na verdade, é perceber como a justiça ver a comunicação, e como alguns jornalistas vêem a comunicação. E a cada dia convencer-se mais que a luta não pode parar. Que não podemos desanimar. Que os que vêem como eu, devem agora mais do que nunca, erguer a voz diante ao sistema, encará-lo frente a frente, e mostrar sua força e indignação. Esse seminário foi o mais “belo” exemplo de que precisamos estar cada vez mais juntos.

O Mundo e os Seus: "Neoconsplayers"


Cada Vez mais "a vida Imita o video"


Closplay: Pode ser traduzido como "jogo de disfarces" ou " jogo de fantasias" , onde os participantes se caracterizam como personagens de animes, mangás, comics, jogos etc., e na maioria das vezes encarnam o personagens literalmente, imitando sem movimentos, falas, trejeitos.
O fenômeno Cosplay surgiu na decada de 70, no Japão, em eventos de compra e venda de Döjinshi, que são mangás e outro produtos feitos por fãns de forma não profissional. Nesses eventos o fãns de mangás, comics, amines, vestiam-se como seus personagens favoritos e os encarnavam da melhor maneira possível. Desde então o movimento cresce a cada ano que passa, hoje já existem campeonatos mundias de cosplay, o Word Cosplay Submmit(WCS), realizado anualmente no Japão, desde 2003. O Brasil, desde de 2006, realiza atravéz da JBC, o WCS no Brasil, onde o prêmio é uma viagem ao Japão para dispuitar a final do campeonato mundial, o campeão mundial recebe da TV Aichi, organizadora do envento no Japão, uma quantia em dinheiro.
Caracterizado então, o que realmente significa Cosplay, fica fácil perceber, hoje, que essa pratica torna-se, mesmo que de forma involuntária, uma constante nas ruas do Brasil e do mundo. Não me refiro a prática do cosplay, mas a do neocosplay [uma expressão minha], que nada mais é do que imitar os personagens de TV, geralmente das novelas ou cantores famosos, em seu modo de vestir as vezes até mesmo de agir.
Hoje em dia a mídia constroi um padrão de vida que as pessoa se obrigam a seguir, as vezes elas não têm nem o que comer, mais tem a roupa que a atriz A ou B usava no capítulo de ontem da novela das oito. Essa é uma questão de manipulação midiática voluntária, onde você permite ser manipulado, você acha que se não estiver vestido(a) como as modelos que aparecem na mídia você nunca estará bonita.
Essa prática, cada vez mais visível na sociedade, que achei por melhor chama-la de "Neocosplayers", fazendo alusão as pessoas que se vestem como personagens aminados, é o chamado "padrão de beleza e de comportamento do século XXI", onde o que é bonito é o que aparece na mídia, mas o que poucos sabem é que a mídia mostra apenas o que ela quer que você acredite, e tome como verdade.
Claro que há os que fogem desse "padrão", que por sinal são poucos, e que além de poucos são vistos como anormais, por não ser como o resto da pessoas. É nesse momento que essas pessoas se vêm obrigadas a vestir-se de uma forma mais "padrão" para ser aceita na sociedade, e conseguir , quem sabe, um emprego, para sustentar sua família.
Bem-vindos a Sociedade "PaDRÂo"