domingo, 2 de outubro de 2011

Mais um meio para o objetivo final - Da rede às ruas!


Ato Contra o aumento da tarifa de transporte coletivo em Teresina.



A crise do sistema capitalista, que pode ser nitidamente percebida em 2008, voltou a modificar a rotina das pessoas mundo a fora. Cresceu a inflação, implantou-se impostos por cima de impostos, planos de austeridades, e em alguns países tudo isso foi agravado pelos métodos ditatoriais de seus governantes. A juventude mundial não tem mais emprego, não tem educação de qualidade, não tem saúde, nem moradia.
Mas tem muita disposição para transformar toda essa situação! Na Líbia, no Egito, no Chile, em Londres, no Brasil, nos Estados unidos, na Espanha, em Portugal, milhares e milhares de jovens foram ás ruas de seus países dizer que não agüentavam mais tanta exploração e tanta miséria. Além da luta por direito e por melhores condições de vida, sabe o que todos esses movimentos têm em comum?
Século XXI, a expansão dos meios de comunicação, em especial os eletrônicos, não acelerou somente a globalização do mercado e das redes de influências, permitiu também a mundialização dos movimentos de resistência que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária, no mundo inteiro. As redes sociais - Facebook, Twitter, Orkut, MSN - tornaram-se ferramentais importantíssimas para o processo de mobilização social.
 Alguns estudiosos já laçam uma nova forma de se fazer a ativismo político, chamam de Ciberativismo. Acreditam que o ativismo virtual é uma nova forma de contestação e agregação social, de solidariedade e mais, acreditam que ate a própria noção de estar junto tenha se modificado: “podemos não estar diretamente envolvidos nos protestos no Oriente Médio, lado a lado com os manifestantes, mas podemos estar junto com os manifestantes num espaço virtual, onde as ações políticas também acontecem”.
Não é nenhuma inverdade afirmar que as redes sociais e novo mundo virtual que se ergueu nas redes de internet, trouxeram uma nova forma de mobilização social. Mas para muitos, o que acontece, é que o Ciberativismo torna-se um fim, quando na verdade ele é apenas mais um meio de militância e ativismo.  Ou seja, a aliança entre a comodidade de estar em casa na frente do computador e o feadback instantâneo das redes sociais gera um sentimento de dever cumprido e objetivo final atingido.
A idéia que se passa é que a internet agora é o meio mais eficiente de mobilização social. Mas as novas práticas não superam as antigas. E a historia é prova viva disto, todos os movimentos da juventude mundial que contaram com a mobilização via redes sociais, só puderam ser massificados e potencializados nas ruas e praças. A mobilização rosto a rosto ainda é a mais eficiente.
As conquista reais só serão dadas quando disputadas em ambientes reais. E tenho dito.

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