segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O Novo ENEM mais uma vez mostra sua ineficiência como forma de Seleção Nacional



Desde quando o ENEM começou a ser utilizado como método de seleção para acesso às universidades federais do Brasil inteiro, em 2009, uma seria de erros e contradições trouxeram a tona um grande debate em torno da eficiência do exame e do modo “democrático” de acesso ao ensino superior, por ele proposto.

Não há igualdade de acesso, entre desiguais em direitos!

O ENEM vem quer impor uma política que nunca foi experimentada pelo nosso país, e não estou falando de uma nova forma de acesso à universidade, estou falando de uma política que pretende aplicar uma única prova a todos os estudantes, do país inteiro, pelo simples motivo de que “TODOS SOMOS IGUAIS”, como bem diz nossa constituição. Mas todos sabem que esses direitos iguais só existem no papel, e olhe lá.
O Novo ENEM, de forma desigual, coloca em pé de igualdade os estudantes do Instituto Dom Barreto (PI), segunda melhor nota do ENEM, e os da Escola Municipal Francisco José dos Santos, de Santa Rosa do Piauí (PI), terceira pior nota do ENEM. E isso se alastra pelo país inteiro, das mil piores escolas, segundo o exame, 704 são públicas.
 Os estados com as melhores escolas dos pais são o Rio de Janeiro (35 escolas), Minas Gerais (28) e São Paulo (15). Os três, sozinhos, concentram 78% das escolas do "top 100" do Brasil. Ou seja, o ENEM dessa forma cria verdadeiros centros de excelência no sul e sudeste do país, enquanto as regiões norte e nordeste continuam excluídas e condenas à miséria perpetua.

O Exame nacional que não se sustenta em se mesmo!

A cada ano que passa o Novo ENEM oferece provas concretas de sua ineficiência como exame nacional. Logo em 2009, quando passou a ser usado como forma de seleção em universidade públicas, a prova do ENEM vazou e o exame teve que ser remarcado, no Brasil inteiro. No ano seguinte, 2010, uma falha mais grotesca ainda: erros de impressão no caderno de texto e no cartão resposta, que custaram 140 milhões de reais aos cofres públicos, provocou o adiamento e remarcação das provas para os estudantes atingidos, novamente, em todo o país.
Agora em 2011, quando pensavam que o Exame iria passar em leso, mais uma prova de sua ineficiência: 13 questões vazaram em um simulado aplicado pelo colégio Chirstos, de Fortaleza. Fato que resultou na anulação das questões, novamente, para o país inteiro, pela Justiça Federal. Sendo que a Justiça Federal estudou ainda a possibilidade de cancelamento da prova. Apesar disso, o Ministério da Educação, através do INEP, Acredita que essa foi uma decisão errônea e vai recorrer ate o fim da semana.
Portanto, para além das causas contraditórias apontadas acima, as causas funcionais também preocupam. Um método avaliativo, que a cada ano prejudica milhares de estudantes, pela sua ineficiência e principalmente, porque essa ineficiência não se dá somente no âmbito do local onde ocorreu o erro, mas no Brasil inteiro.

domingo, 30 de outubro de 2011

Corrupção e muito descaramento: TCU investiga repasses de dinheiro do Governo à UNE.


UNE e sua pelegice sem fim! É estarrecedor ver no que se transformou a União Nacional dos Estudantes. O que no passado foi um grande instrumento de luta em defesa da Democracia nacional, hoje é uma ninho de corrupção, burocratização e roubalheira. 

Depois da entrada do PT no governo, começamos a ver nitidamente uma relação bem carinhosa entre a UNE e o Governo. Sobretudo, em 2007, quando os estudante do Brasil inteiro iniciaram um processo de ocupações de reitoria, contra a reforma universitária, e a UNE se mostrou apática nesse processo. A recompensa dessa camaradagem da União Nacional os Estudantes para com o Governo (que fragilizou significativamente o Movimento Estudantil Nacional) foi 42 milhões de reais que a entidade recebeu desde 2003. 

Hoje, o presidente da UNE, Daniel Iliescu, recebe um mísero salário de mais de 2 mil reais por mês. Isso é pouco se compararmos com os mais de 500 mil reais que o Tribunal de Contas da União - TCU suspeita ter sido roubado, em 2008, na Caravana Estudantil da Saúde, promovida ela entidade. “É evidente o descaso da UNE com o patrimônio público. Fico estarrecido de ver tanto dinheiro do povo usado sem obediência...” disse Marinus Marsico, procurador do TCU que, depois de inciar essas investigações sob a notas fiscais da entidade, detectou uma serie de gastos inexplicáveis, como este de 2008 e como o de 2007, onde foram gasto milhares de reais, vindo do suor da classe trabalhadora, com caixas de cervejas, garrafas de uísque escocês e de vodca, sob o pretexto de promover atividades culturais da UNE.

A falida União Nacional dos Estudantes, que é composta majoritariamente pela União da Juventude Socialista - UJS (que de socialista não tem nada), ou seja, pela corja pelega e oportunista do PCdoB, além do distanciamento progressivo da base e de não estar mais inserida nas lutas em defesa da educação e dos interesses estudantis, transformou-se em uma verdadeira ferramenta de alienação usada pelo governo federal. Há muito tempo a UNE não nos representa mais! 

Tudo isso vez surgir uma nova conjuntura no Movimento Estudantil brasileiro, uma conjuntura de reorganização do ME por fora da UNE. é preciso que se compreenda que a lutas estudantis hoje não se passam mais por aquelas estruturas. É preciso erguer novos rumos pra o movimento estudantil, rumos estes que perpassam fundamentalmente a construção de uma sociedade mais justa, igualitária, sem opressores e sem oprimidos. 

Por um novo movimento estudantil! 


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Fonte: Veja Online: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/eles-bebem-voce-paga

Vale mesmo apena gastar R$2,10 na tarifa, caso haja integração?



A auditoria na planilha de transporte, reivindicação da sociedade teresinense a mais de três meses, serviu apenas como uma manobra do SETUT e da Prefeitura para legitimar um aumento ilegal e irresponsável da tarifa de transporte coletivo, tentando ludibriar a população e esfriar os ânimos dos mais de 20 indignados e indignadas de Teresina. Mas não vai ser tão fácil assim!

A própria auditoria apresenta dados absurdos, no que se refere ao lucro dos empresários de transporte em Teresina que variou de 80,5% para 226%, entre 2009 e 2010. E eles ainda querem que a população teresinense acredite que as empresas estão funcionando no limite de suas condições financeiras. Mesmo assim, o resultado da auditoria apontou que o valor da tarifa deverá ser R$2,10. 

Agora, mais uma manobra foi apresentada. A prefeitura diz que só irá reajustar o valor da passagem quando for implantado o sistema de integração. Você acha que isso é algo bom? Acha que isso justifica o aumento? Eu acho que não e digo por quê!

Primeiro porque o modelo de integração que a STRANS quer implantar é ridículo. Quem pega dois ônibus, por exemplo, da zona sul à zona norte, irá pagar a passagem normal na primeira viagem e uma outra passagem de menor valor (que ainda não foi estabelecido quanto será) na segunda. Segundo a Alzenir Porto, "inicialmente será assim, até como forma de garantir a implantação do sistema de integração. Será uma passagem menor do que a tarifa normal", justificou.

Mas, que tipo de integração é essa que ira permitir que a população continue pagando uma passagem a cada ônibus? Mesmo com a integração, o SETUT continuará ganhando lucros exorbitantes e enchendo os bolsos dos empresários através do suor da classe trabalhadora e dos estudantes de Teresina. Mais uma vez a prefeitura vem como uma proposta ridícula, mostrando quais os interesses que eles estão defendendo.

A superintendente a Strans afirmou ainda que somente quem estiver incluso no Sistema de Bilhetagem Eletrônica terá direito à tarifa reduzida, caso contrário, o usuário de transporte terá que pagar duas passagens. E ainda não informou se haverá custo para a retirada desses cartões.

Isso tudo só reafirma a necessidade cada vez mais evidente de termos uma empresa municipal de transporte coletivo em Teresina. Só assim, sem o lucro exorbitante dos empresários e investindo esse valor na melhoria dos transportes, é que teremos uma tarifa mais acessível, paradas mais estruturadas, ônibus de qualidade e etc. Claro que tudo isso, com a participação da sociedade civil, para evitar que a corrupção atinja mais esse serviço.

6º Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul




A Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul chega em sua sexta edição, alcançando 27 capitais brasileiras. Trazendo uma proposta de produção cinematográfica que muitas vezes é inalcançada pela população e que refletem sobre os diretos humanos que são desrespeitados em inúmeros países mundo a fora.


Esse ano a mostra ocorre de 10 de outubro a 1 de dezembro. Em Teresina acontece entre os dias 3 e 9 de novembro, no Teatro 4 de Setembro, Sala Torquato Neto (123 lugares), R. Álvaro Mendes, S/Nº - Centro, ENTRADA FRANCA,  Contatos Produção: Elaine- 9937-1231 ou Jéssica- 94457446.

Confira a programação:

03/11 - QUINTA-FEIRA
19h00 - Sessão de Abertura
- DOCE DE COCO - Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
- TEMPO DE CRIANÇA - Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
- MÁSCARA NEGRA - Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).

Classificação indicativa: 14 anos
04/11 - SEXTA-FEIRA

 - 14h00     (Programa 16)
- TEMPO DE CRIANÇA - Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic). 
   Direito da criança e do adolescente
- ARQUITETOS DA NATUREZA - Cléa Lúcia (Peru/ Brasil, 25min, 2011, doc).
    Populações tradicionais/ Civilizações Pré-Colombianas no Peru
TAVA - PARAGUAI TERRA ADENTRO - Lucas Keese/ Lucía Martin/ Mariela Vilchez (Argentina/ Brasil/ Paraguai, 70 min, 2011, doc).
    Direito à terra, Direito Agrário (Assentamento de Camponeses Paraguaios)
Classificação indicativa: 10 anos

-  16h00     (Programa 10)                   
                                      
BALA PERDIDA - Maurício Durán Blacut (Bolívia, 52 min, 2010, doc).
   Segurança Pública
- NO FUTURO - Mauro Andrizzi (Argentina, 60min, 2010, fic).
   Diversidade Sexual
Classificação indicativa: 10 anos    

- 18h00   (Programa 4)                    
- ORQUESTRA DO SOM CEGO - Lucas Gervilla (Brasil, 13 min, 2010, doc).
   Necessidades Especiais/ Deficiência Visual
- POLIAMOR - José Agripino (Brasil, 15 min, 2010, doc).
  Afetividade/ Diversidade Sexual/ Relacionamento homoafetivo
- CAMPONESES DO ARAGUAIA - GUERRILHA VISTA POR DENTRO - Vandré Fernandes (Brasil, 73 min, 2010, doc).
   Direito à terra/ Direito a Memória
Classificação indicativa: 10 anos

20h00  (Programa 18)                    
- ARAGUAYA - A CONSPIRAÇÃO DO SILÊNCIO - Ronaldo Duque (Brasil, 105 min, 2005, fic).
 Direito a Memória/ Guerrilha Araguaia
Classificação indicativa: 12 anos
05/11 - SÁBADO

14h00  (Programa 8)
- DOCE DE COCO - Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
   Direito da Criança e do Adolescente
- CORTINA DE FUMAÇA - Rodrigo Mac Niven (Brasil, 88 min, 2010, doc).
   Segurança Pública/ Uso de Drogas/ Legalização das drogas no Brasil e no Mundo
Classificação indicativa: 12 anos

16h00   (Programa 19)
- CABRA CEGA - Toni Venturi (Brasil, 107 min, 2005, fic).
  Direito a  memória  e a verdade/ Direitos Humanos/ Ditadura Militar
Classificação indicativa: 14 anos

18h00  (Programa 20)
- BICHO DE SETE CABEÇAS - Laís Bodanzky (Brasil, 74 min, 2000, fic).
  Saúde mental e Direitos Humanos
Classificação indicativa: 14 anos

20h00  (Programa 21)
- CENTRAL DO BRASIL - Walter Salles (Brasil, 112 min, 1998, fic).
   Direitos da Criança e do Adolscente/ Direito a Educação e a Solidariedade
Classificação indicativa: 16 anos
                 
06/11 - DOMINGO

14h00  (Programa 12)
- SOBRA UMA LEI - Daiana Di Candia/ Denisse Legrand (Uruguai, 36 min, 2011, doc).
   Ditadura  Militar no Uruguai
- PEQUENAS VOZES - Óscar Andrade e Jairo Eduardo Carrillo (Colômbia, 76 min, 2010, doc).
  Animação  - direito da Criança e do Adolescente/ Integridade Física
Classificação indicativa: 10 anos

16h00   (Programa 22)
- CHUVAS DE VERÃO - Carlos Diegues (Brasil, 93 min, 1977, fic).
  Direito do idoso
Classificação indicativa: 16 anos

18h00  (Programa 23)
- MORANGO E CHOCOLATE - Tomás Gutiérrez Alea/ Juan Carlos Tabío (Cuba/ México, 110 min, 1993, fic).
   LGBT/ Democracia e Direitos Humanos
Classificação indicativa: 14 anos

20h00  (Programa 11)
- A TERRA A GASTAR - Cássia Mary Itamoto/ Celina Kurihara (Brasil, 6 min, 2009, animação).
   Economia e Direitos Humanos/  Consumo Desenfreado
- OS INQUILINOS (OS INCOMODADOS QUE SE MUDEM) - Sérgio Bianchi (Brasil, 103 min, 2010, fic).
  Segurança Pública

Classificação indicativa: 14 anos
07/11 - SEGUNDA-FEIRA

14h00 - Sessão Audiodescrição  (Programa 3)
- DIÁRIO DE UMA BUSCA - Flávia Castro (Brasil/ França, 105 min, 2010, doc).
  Direito à Memória/ Ditadura Militar no Brasil
Classificação indicativa: 10 anos

16h00  (Programa 6)
- CAFÉ AURORA - Pablo Polo (Brasil, 19 min, 2010, fic).
    Pessoas com Necessidades Especiais
- CONFISSÕES - Gualberto Ferrari (Argentina/ Brasil/ França, 90 min, 2011, doc).
   Ditadura Militar Argentina
Classificação indicativa: Livre

18h00  (Programa 2)
- A GRANDE VIAGEM - Caroline Fioratti (Brasil, 15 min, 2011, fic).
  Direito do Idosos/ Direito dos Indígenas/  Democracia e Direitos Humanos
- AVÓS - Carla Valencia Dávila (Equador/ Chile, 93 min, 2010, doc).
  Direito dos idosos
Classificação indicativa: Livre

20h00  (Programa 14)
- DAMA DO PEIXOTO - Allan Ribeiro/ Douglas Soares (Brasil, 11 min, 2011, doc). 
  Dignidade Social
- QUEM SE IMPORTA - Mara Mourão (Brasil, 96 min, 2011, doc).
   Economia Solidária/ Empreendedorismo Social
Classificação indicativa: 10 anos

08/11 - TERÇA-FEIRA

14h00 - Sessão de Audiodescrição  (Programa 24)
DOCE DE COCO - Allan Deberton (Brasil, 20 min, 2010, fic).
TEMPO DE CRIANÇA - Wagner Novais (Brasil, 12 min, 2010, fic).
MÁSCARA NEGRA - Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).
A GRANDE VIAGEM - Caroline Fioratti (Brasil, 15 min, 2011, fic).
GAROTO BARBA - Christopher Faust (Brasil, 14 min, 2010, fic).
O PLANTADOR DE QUIABOS - Coletivo Santa Madeira (Brasil, 15 min, 2010, fic).
Classificação indicativa: 14 anos

16h00  (Programa 1)
- ACERCADACANA - Felipe Peres Calheiros (Brasil, 20 min, 2010, doc).
  Direito à justiça
- A OCUPAÇÃO - Angus Gibson/ Miguel Salazar (Colômbia/ EUA/ França, 88 min, 2011, doc).
  Direito e Serviço Social
Classificação indicativa: 12 anos

18h00  (Programa 7)
- GAROTO BARBA - Christopher Faust (Brasil, 14 min, 2010, fic).
   Diversidade Sexual/ Direito da Criança e do Adolescente
- ASSUNTO DE FAMÍLIA - Caru Alves de Souza (Brasil, 13 min, 2011, fic).
  Cidadania LGBT
- COPA VIDIGAL - Luciano Vidigal (Brasil, 75 min, 2010, doc).
   Inclusão Social/ Direito ao Esporte / Direito da Criança e do Adolescente
Classificação indicativa: 12 anos

20h00  (Programa 9)
D.O.R - Leandro Goddinho (Brasil, 4 min, 2010, doc).
SILÊNCIO 63 - Fábio Nascimento (Brasil , 23 min, 2011, doc).
E A TERRA SE FEZ VERBO - Erika Bauer (Brasil, 77 min, 2011, doc).
Classificação indicativa: 12 anos 
09/11 - QUARTA-FEIRA

14h00  (Programa 13)
- BARRAS E BARREIRAS, RETRATO DE KELLY ALVES - Riccardo Migliore (Brasil, 38 min, 2011, doc).
  Trabalho/ Cidadania LGBT/ Transexualidade
- QUATRO LITROS POR TONEL - Belimar Román Rojas (Argentina/ Venezuela, 70 min, 2010, doc).
   Direito ao trabalho/Direitos da Mulher/ Meio Ambiente/ Economia
Classificação indicativa: 12 anos

16h00  (Programa 17)
- DO OUTRO LADO DO MURO - Eleonora Menutti (Argentina, 12 min, 2010, doc).
   Saúde Mental/ Direitos Humanos/ Combate a tortura/ Ditadura Miltar Argentina
- ENTRE VÃOS - Luísa Caetano (Brasil, 20 min, 2010, doc).
   Populações Quilombolas e Afro-descendentes/ Populações Tradicionais/ Comunidade Kilombola  
   Kalunga em Goiás.
 - VOCACIONAL, UMA AVENTURA HUMANA - Toni Venturi (Brasil, 77 min, 2011, doc).
    Educação e Direitos Humanos / Educação Pública
Classificação indicativa: Livre

18h00  (Programa 15)
- O PLANTADOR DE QUIABOS - Coletivo Santa Madeira (Brasil, 15 min, 2010, fic).
   Economia e Direitos Humanos
- MÁSCARA NEGRA - Rene Brasil (Brasil, 15 min, 2010, fic).
  Relacionamento LGBT
- UMA NOVA DANÇA - Nicolás Lasnibat (Chile/ França, 23 min, 2010, fic).
   Pessoas  com Necessidades Especiais/ Combate a Tortura/ Direito do Idoso
Classificação indicativa: 14 anos

20h00  (Programa 5)
- GRAFFITI QUE MEXE - Coletivo Graffiti com Pipoca (Brasil, 13 min, 2011, animação).
  Meio Ambiente
- LICURI SURF - Guilherme Martins (Brasil, 15 min, 2011, doc).
   Populações Indígenas/ Direito da  Criança e do Adolescente
- CÉU SEM ETERNIDADE - Eliane Caffé (Brasil, 70 min, 2011, doc).
  Direito a Memória/ Combate a Tortura/ Comunidades Quilombolas em Alcântara  no Maranhão
Classificação indicativa: 10 anos

sábado, 29 de outubro de 2011

Nota oficial sobre a ocupação da administração da FFLCH



Na última quinta-feira, dia 27 de outubro, por volta das 18h, três estudantes foram abordados dentro de seu carro, pela polícia militar, no estacionamento da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH) da Universidade de São Paulo (USP). Estes estudantes tiveram seus documentos confiscados e seu carro revistado por estarem, segundo a polícia, consumindo maconha.
Esta não foi a primeira vez que a PM entrou no campus para reprimir estudantes. Trata-se de mais uma demonstração da política de repressão que vem sendo imposta na Universidade pelo reitor João Grandino Rodas, investigado por corrupção pelo Ministério Público. Este reitor, que não foi eleito pela comunidade universitária, tem uma ampla ficha de repressão aos estudantes e movimentos sociais.
A repressão foi acentuada com a assinatura de um convênio (entre a reitoria da USP e a PM) que foi firmado em setembro deste ano, sem a mínima consulta à comunidade universitária. Este convênio permite a entrada ostensiva da polícia no campus e prevê a instalação de quatro bases militares no campus Butantã. Os policiais têm abordado indiscriminadamente estudantes e trabalhadores. Com isso, o Reitor tenta impor seu projeto de privatização da Universidade, que já vem se concretizando através da terceirização e a precarização do trabalho e ensino.
A abordagem da PM indignou @s estudantes, que começaram a se reunir em volta d@s policiais buscando impedir uma ação mais violenta contra @s alun@s. Mais de quinhentos estudantes se uniram para impedir a prisão dos três universitários que haviam sido abordados. A polícia continuou irredutível e chamou reforços, totalizando 15 viaturas, só no estacionamento da FFLCH. Com o aumento da força policial mais estudantes se juntaram para defender a autonomia da universidade, se posicionando contra a repressão policial.
Em um ato de protesto contra a repressão, centenas de estudantes se colocaram em frente as viaturas para evitar a detenção dos estudantes. A partir deste momento, @s políciais, que estavam, em sua maioria, sem idenificação pessoal, partiram para um violento confronto físico, saindo do campo das ameaças e ofensas verbais para agressões com gás lacrimogênio, spray de pimenta, bala de borracha e cassetete.
Diante da truculência da polícia, @s estudantes, que se mobilizaram contra a repressão e a violência, se defenderam conforme podiam. Após três horas de tencionamento e meia hora de confronto físico, os polícias deixaram a universidade. @s estudantes não se deixaram intimidar pela violência da polícia. Após a assembleia realizada pel@s mais de quinhentos presentes foi decido pela ocupação da Administração da FFLCH como forma de lutar contra a repressão na USP.
Seguiremos ocupad@s até que o convênio (USP- PM) seja revogado pela reitoria, proibindo a entrada da polícia militar no campus em qualquer circunstancia, bem como a garantia de autonômia nos espaços estudantis, como o Núcleo de Conciência Negra, Moradia Retomada, CANiL_Espaço Fluxus de Cultura da USP, entre outros. Continuaremos aqui até que se retirem todos os processos criminimais e administrativos contra @s estudantes, professores e funcionári@s.
São Paulo, 28 de outubro de 2011.
Movimento de Ocupação.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Será mesmo possível investir 10% do PIB para educação pública?




Primeiro, o investimento de 10% do PIB na educação significa um gasto de 140 bilhões de reais. Achou muito? Pois não é. O Brasil contabilizou no fim do ano passado uma gasto de 954 bilhões de reais com pagamento da divida pública, isso significa praticamente 49% do orçamento da união, por outro lado  apenas 56 bilhões de reais foram destinados à educação. E ainda, segundo o Tribunal de Contas da União, só em 2010 o governo repassou 144 bilhões de reais na forma de isenções e incentivos fiscais à empresas privadas. Portanto o problema não é a falta de dinheiro e sim a falta de vontade política de fazer da educação prioridade.
E a falta de vontade política só se resolve com pressão social! Precisamos mais uma vez mostra que educação merece respeito. A Campanha Nacional pelos 10% do PIB na educação Pública se propõe à mostra a resposta da sociedade civil brasileira à forma irresponsável com que a educação vem sendo tratada nos últimos 20 anos.
No dia 6 de novembro iniciaremos o Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB. Toda ajuda é fundamental para conseguirmos massificar a necessidade e a viabilidade financeira de se investir 10% do PIB na Educação. Vamos construir essa campanha, juntos!?

Material da Campanha:




Polícia prende estudantes da USP e mostra seu real papel, o de reprimir!



Na noite desta quinta-feira, 27 de outubro, três estudantes da Universidade de São Paulo - USP foram presos por porte e uso de maconha. O fato gerou a indignação de centenas de estudantes que, em protesto, ocuparam o prédio da Administração da FFLCH. Eles reivindicam a retirada do PM do Campus universitário e se colocam contra os processos administrativos às e aos ativistas do movimento estudantil.
Acontecimentos como esses nos fazem refletir sobre o papel que a policia exerce no estado brasileiro. Inúmeros estudos sobre segurança pública já atestaram que as práticas atuais da policia são reflexos diretos da ideologia que embasou a criação das primeiras forças repressoras do estado, formadas com o objetivo de ser uma espécie de extensão do poder central, o braço armado do governo. Em sua origem a policia não era tida como um serviço público e sim como um força de proteção do estado.
E assim foi no passado, e assim é hoje. A policia cada vez mais tem cumprido essa tarefa de repressão, impedido a livre manifestação das pessoas, coagindo e reprimindo, com violência, os setores oprimidos da sociedade brasileira (movimentos sociais, juventude, classe trabalhadora, pobreza).

E fumar maconha é crime?

Tecnicamente falando, usar maconha não é crime, desde que o usuário não “adquira”, “guarde”, “tenha em deposito”, “transporte” ou “traga consigo a droga”. Ou seja, impossível. Os três estudantes da USP não conseguiram realizar a façanha de usar maconha sem transportá-la, adquiri-la, guardá-la, etc., por isso eles, segundo a ordem vigente, estavam comento um ato criminoso. Assim o Estado justifica colocar trinta viaturas para reprimir estudantes a base de cassetete, gás lacrimogêneo e spray de pimenta.
Todavia, é necessário fazer aqui um recorte de classe. O que isso significa? Em nosso país, e no mundo inteiro, a sociedade é divida em classe, umas mais ricas, outras muito mais ricas, outras mais pobres e outras muito mais pobres. As pessoas que estão do lado mais pobre da sociedade são mais facilmente e constantemente abordadas, reprimidas e agredidas pela força da policia, é o que chamamos Criminalização da Pobreza. A polícia, tranquilamente, invadiu as casas do morro do alemão, sem pedir permissão, matando centenas de inocentes, e usando o tráfico como desculpa. Mas você já viu algum órgão da polícia invadir o bairro do Leblon?
Precisamos entender o uso da Maconha com uma questão de saúde pública e não com uma questão criminal. O Estado apenas oferece a policia como ferramenta opressora para os usuários de maconha, entretanto, os ambientes de tratamento médico são quase inexistentes no país inteiro.


DE 6 DE NOVEMBRO A 6 DE DEZEMBRO, VOTE NO PLEBISCITO NACIONAL POPULAR PELOS 10% DO PIB PARA A EDUCAÇÃO PÚBLICA JÁ!



Texto oficial da Campanha Nacional Pelos 10% do PIB na Educação Pública, Já!  (http://dezporcentoja.blogspot.com/)
No último dia 24 de outubro, o Comitê Nacional da Campanha pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já se reuniu na sede do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação do Rio de Janeiro (SEPE RJ). Uma das definições centrais da reunião foi a realização do Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB já para a Educação no período de 6 de Novembro a 6 de Dezembro.

A pergunta do Plebiscito será: Você é a favor do investimento de 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para Educação Pública Já? Com as possibilidades de resposta Sim ou Não. Também foi definido que os Estados terão autonomia para colocar uma pergunta específica sobre a realidade de cada local.

A reunião refletiu os informes de 15 estados, aonde, ainda que de maneira desigual, a campanha está avançando. A confecção das cédulas será descentralizada, para permitir que as perguntas locais sejam incorporadas, os cartazes nacionais estão sendo confeccionados pelas entidades envolvidas na campanha e podem ter sua arte reproduzida em cada local.

Para a votação, é necessário garantir as cédulas, as listas de votantes, as atas de apuração, uma urna (que pode ser adquirida com algum sindicato que as tenha, ou pode ser improvisada, como é característico dos plebiscitos organizados pelos movimentos sociais) e muita disposição de debater, conversar e apresentar para a população brasileira esta luta justa e fundamental para toda a juventude e a classe trabalhadora do nosso país.

Mãos à Obra! É hora do Plebiscito Nacional pelos 10% do PIB para a Educação Pública Já!

Declaração da Aliança do Xingu contra Belo Monte


(Fotos: Ivan Canabrava/Illuminati Filmes)

“Não permitiremos que o governo crie esta usina e quaisquer outros projetos que afetem as terras, as vidas e a sobrevivência das atuais e futuras gerações da Bacia do Xingu”
Nós, os 700 participantes do seminário “Territórios, ambiente e desenvolvimento na Amazônia: a luta contra os grandes projetos hidrelétricos na bacia do Xingu”; nós, guerreiros Araweté, Assurini do Pará, Assurini do Tocantins, Kayapó, Kraô, Apinajés, Gavião, Munduruku, Guajajara do Pará, Guajajara do Maranhão, Arara, Xipaya, Xicrin, Juruna, Guarani, Tupinambá, Tembé, Ka’apor, Tupinambá, Tapajós, Arapyun, Maytapeí, Cumaruara, Awa-Guajá e Karajas, representando populações indígenas ameaçadas por Belo Monte e por outros projetos hidrelétricos na Amazônia; nós, pescadores, agricultores, ribeirinhos e moradores das cidades, impactados pela usina; nós, estudantes, sindicalistas, lideranças sociais e apoiadores das lutas destes povos contra Belo Monte, afirmamos que não permitiremos que o governo crie esta usina e quaisquer outros projetos que afetem as terras, as vidas e a sobrevivência das atuais e futuras gerações da Bacia do Xingu.
Durante os dias 25 e 26 outubro de 2011, nos reunimos em Altamira para reafirmar nossa aliança e o firme propósito de resistirmos juntos, não importam as armas e as ameaças físicas, morais e econômicas que usaram contra nós, ao projeto de barramento e assassinato do Xingu.
Durante esta última década, na qual o governo retomou e desenvolveu um dos mais nefastos projetos da ditadura militar na Amazônia, nós, que somos todos cidadãos brasileiros, não fomos considerados, ouvidos e muito menos consultados sobre a construção de Belo Monte, como nos garante a Constituição e as leis de nosso país, e os tratados internacionais que protegem as populações tradicionais, dos quais o Brasil é signatário.
Escorraçadas de suas terras, expulsas das barrancas do rio, acuadas pelas máquinas e sufocadas pela poeira que elas levantam, as populações do Xingu vem sendo brutalizadas por parte do consórcio autorizado pelo governo a derrubar as florestas, plantações de cacau, roças, hortas, jardins e casas, destruir a fauna do rio, usurpar os espaços na cidade e no campo, elevar o custo de vida, explorar os trabalhadores e aterrorizar as famílias com a ameaça de um futuro tenebroso de miséria, violência, drogas e prostituição. E repetindo assim os erros, o desrespeito e as violências de tantas outras hidrelétricas e grandes projetos impostos à força à Amazônia e suas populações.
Armados apenas da nossa dignidade e dos nossos direitos, e fortalecidos pela nossa aliança, declaramos aqui que formalizamos um pacto de luta contra Belo Monte, que nos torna fortes acima de toda a humilhação que nos foi imposta até então. Firmamos um pacto que nos manterá unidos até que este projeto de morte seja varrido do mapa e da história do Xingu, com quem temos uma dívida de honra, vida e, se a sua sobrevivência nos exigir, de sangue.
Diante da intransigência do governo em dialogar, e da insistência em nos desrespeitar, ocupamos a partir de agora o canteiro de obras de Belo Monte e trancamos seu acesso pela rodovia Transamazônica. Exigimos que o governo envie para cá um representante com mandado para assinar um termo de paralisação e  desistência definitiva da construção de Belo Monte.
Por: Movimento XINGU Vivo, Vivo para SEMPRE   -   Altamira, 27 de outubro de 2011

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

PRONATEC: mais um ataque a educação que a UNE e a UBES aplaudem de pé!

Hoje pela manha, dia 18 de outubro de 2011, dia do Piauí, o Senado Federal aprova o projeto lei nº 78/2011, que cria o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O projeto vai agora para a sanção da Presidenta Dilma. 



O Pronatec é uma espécie de Prouni para o ensino técnico, bem mais privatizante e com envio direto de dinheiro ao setor privado. Essa reflexão precisa ser feita e deve partir de sua origem: o governo Dilma em parceira com a Confederação Nacional das Industrias (CNI) elaboraram uma programa que visa atender 8 milhões de alunos através de institutos federais, sistema S (SESC, SENAI, SESI, SENAC), e instituições privadas. Para isso, Dilma cortou 3 bilhões de reais do recurso que seria destinado à educação pública em 2011, e pretende investir metade desse valor, 1,5 bilhões de reais, nesse único programa. 

Uma coisa é bem clara em tudo isso, um programa que elaborado junto à CNI mostra qual é a real intenção desse projeto. Trocando por miúdos: a CNI diz que precisa de mais mão obra barata, especializada e tecnicista, o governo Dilma vai lá e faz.  E, além disso, ainda junta o útil ao agradável, quando possibilita mais uma vez a expansão das escolas privadas, através das isenções de impostos.

Se o PROUNI não se sustenta em si mesmo, esse Pronatec tende a ser outro grande absurdo aplicado na educação brasileira, que é aplaudido pelas pelegas UNE e UBES. Com o Prouni, por exemplo, as Faculdades Privadas são isentas de alguns impostos, mesmo não preenchendo o número de vagas anteriormente acertado, ou seja, são milhares de vagas não preenchidas e, segundo cálculos do próprio governo, já foram perdidos cerca de 800 milhões de reais, de 2004 pra cá, em isenções de impostos. Sem contar que o programa oferece apenas a bolsa, mas não garanti nenhuma política de permanência do estudante carente em uma faculdade onde tudo gira em torno do dinheiro. Resultado disso: 193 mil estudantes desligados do programa de 2004 à 2011, ou seja, 25% do número de bolsas ofertadas.

O Pronatec vem com a mesma lógica do Prouni, como os mesmo erros e provavelmente ira gerar os mesmo prejuízos, que não são só financeiros, mas são sociais também, uma vez que atingi o ambiente de formação das pessoas, a escola. Por isso precisamos dizer não ao Pronatec e ao Novo Plano Nacional de Educação, que tendem a uma privatização sem precedentes na historia do Brasil. Hoje lutamos pro uma qualidade e por 10% do PIB na educação pública, mas se as coisas continuarem como estão, amanhã estaremos lutando somente por Educação Pública, por ela estará completamente privatizada, como é no Chile.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Vamos discutir o projeto de educação do Brasil? Pixlation da Campanha SOSUESPI

A Campanha SOSUESPI a mais de um ano luta por melhorias efetivas na Universidade Estadual do Piaui. Muitas vitorias já foram conquistadas, mas sem dúvida o mais importante, é a tomada de consciência que grande parte dos estudantes assumiram nesse processo, compreendendo que eles, juntos, são capazes de transformar sua universidade.

Hoje, apontamos um novo horizonte de debates. Chamamos estudantes, educadores e a sociedade civil brasileira à discutir o projeto de educação que esta sendo implantado no país. O Novo Plano Nacional de Educação - PNE, sistematiza todas as reformas que desde a decada de 1990 vêm sucateado e precarizando nossa educação pública, tanto básica quanto superior. 

Por isso, acreditamos que o Novo PNE não representa avanços para o sistema educacional brasileiro.  Defendemos um novo plano, construído pela sociedade civil, movimentos sociais e em defesa da educação. Defendemos 10% do PIB para educação, e que esse dinheiro tenha a classe trabalhadora e os estudantes como seus ficais, a partir do controle social ( controle da sociedade, que é beneficiada - ou prejudicado - com o serviço) sob o investimento na educação.

A Campanha SOSUESPI decidiu atuar junto à campanha pelos 10% do PIB na educação pública, já! Todos juntos, na luta por um educação pública, gratuita, de qualidade, para todos e socialmente referencia! 

Pixlation da Campanha SOSUESPI pelos 10% do PIB para a Educação pública, já!



quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Fernanda Lages, uma vida perdida que se transformou em novela para os urubus da informação!mudo


Foto: google.com


Não é o primeiro, e provavelmente, pelo andar da carruagem, não será o ultimo caso de novelização da realidade. Parece que já se transformou em modismo: morre uma pessoa, geralmente da classe média/alta, vitimada por um crime hediondo ou misterioso e a mídia cai em cima, como urubus em busca de carniça. Expõe a vida da vitima e da família para uma quantidade enorme de pessoas, gerando constrangimentos, super-exposição e traumas sem cura.
Foi assim no caso de Suzane Von Richthofen, no caso da jovem Isabela Nardoni, no caso da estudante de medicina Tallyne Teles e esta sendo assim no caso de Fernanda. Mas o problema, infelizmente, não reside somente nessa super-exposição da família e nem nessa cobertura exacerbada da mídia. Sugar ao máximo o que uma notícia pode gerar, e transformar as pessoas em personagens de uma telenovela, nem é o problema mais grave.
O grande problema é o reducionismo feito nesses casos. A grande mídia fecha os olhos da população para o X da questão e os permite apenas uma visão reduzida, de um caso particularizado. Não expõe, por exemplo, que todos os dias no Brasil 10 mulheres são mortas vítimas de violência domestica; que por ano 30 mil pessoas são mortas por envolvimento direto ou indireto com o tráfico de drogas; que no mundo cerca de 100 milhões de pessoas estão sem teto; que 1,1 bilhão de pessoas vivem na pobreza, destas, 630 milhões são extremamente pobres, com renda percapta anual bem menor que 275 dólares; que 1,5 bilhão de pessoas vivem sem água potável; que 1 bilhão de pessoas estão passando fome; que 150 milhões de crianças com menos de 5 anos estão em estado de subnutrição (uma para cada três no mundo); e que 12,9 milhões de crianças morrem a cada ano antes dos seus 5 anos de vida.
Parece que todos os problemas da nossa sociedade se resumiram a quem foi o assassino de “Fulano de tal”! Parece que apenas uma jovem é morta vítima de um crime hediondo e/ou misterioso no Brasil. Parece que a vida, o sentimento e a privacidade das pessoas se transformaram em mais um espetáculo nas mãos da grande mídia.

Jornalismo, para ser popular, precisa ser sensacionalista e antiético? Que rumos a comunicação vem tomando? Popular ou populacho?



Presenciamos nos últimos anos o crescimento de um novo modo de fazer jornalístico, em especial, com o crescimento espantoso da Rede Record de televisão e a entrada em cena de um jornalismo mais “brincalhão, descontraído” e, dizem, “popular”. O Balanço Geral nacionalizou um jornalismo totalmente diferente do padrão que se tinha no país. Entretanto, é importante que a gente faça uma analise do que realmente significam esses programas.
O repórter, apresentador e professor Tony Black, atualmente no Sistema Meio Norte de Comunicação, disse em um Grupo de Discussão, na 4º Semana de Comunicação do CEUT, que “Jornalismo Popular” era o jornalismo despreocupado com a forma, um jornalismo que xingava ao vivo, que não precisava esconder rosto de ninguém e nem mesmo o sangue jorrando dos corpos. E disse mais ainda, falou que se os jornalistas fossem se preocupar com a ética, eles poderiam desistir da profissão, “por ética no jornalismo não existe, eu estou sendo sincero com vocês”, disse.
E são inúmeros os jornais que surgiram se auto-intitulando populares, assim também, como são inúmeros os jornalistas que se auto-proclamam “jornalistas populares”. Infelizmente, eles não sabem o tamanho do significado que esses termos têm para a historia da sociedade.
Primeiro, precisamos compreender o que esse tal de “jornal popular”, entendido aqui como um programa, um quadro de televisão, um veiculo impresso ou digital. O pesquisador e jornalista Carlos Eduardo Lins da Silva, diz que o “jornal popular” é aquele que pertence à grande imprensa, mas se dirige ao chamado “povão”. Sua primeira página atém-se somente ao inesperado, sensacional, inédito. Para ele, vale tudo para vender: sexo, esporte, crime. Para Márcia Franz Amaral, Doutora em Comunicação e Informação pela UFRGS, os jornais auto-intitulados populares baseiam-se na valorização do cotidiano, da fruição individual, do sentimento e da subjetividade. Os assuntos públicos são muitas vezes ignorados; o mundo é percebido de maneira personalizada e os fatos são singularizados ao extremo. O enfoque sobre grandes temas recai sobre o ângulo subjetivo e pessoal.
Sendo assim, o povo, que é excluído das discussões políticas do seu próprio país (chamado a construí-lo apenas nas eleições), prefere ver a retratação de um cotidiano próximo ou semelhante ao seu, do que ver as discussões mais profundas sobre temas que, de uma forma ou de outra, irão recair sob seus ombros, mesmo que não saibam. O povo, infelizmente, se sente mais próximo das matérias que retratam a fome, a miséria, a violência, a falta de educação e saúde, do que as que trazem discussões sobre políticas, teorias, ciência, tecnologia. Isso, claro, não por que o povo seja ignorante ou burro, mas, principalmente, por que é uma parte excluída da sociedade, que não têm oportunidade de emprego, saúde, educação, moradia, etc.
Precisamos entender ainda que há uma diferença significativa entre “jornal popular” e “jornalismo popular”. Essa diferença se dá, entre outras questões, pela ampla definição desses termos, todavia, mesmo percebendo as dificuldades de uma definição precisa, uma coisa é lógico e consenso, o jornalista que faz um jornal “dito para o povo”, mas ao mesmo tempo têm seu interesse maior revertido para o lucro que terá com aquele tipo de veiculação, não pode ser chamado de comunicador popular. A Comissão Evangélica Latino-americana de Educação Cristã (CELADEC, 1984), coloca que “no jornalismo popular, emissores e receptores são sujeitos. Trata-se de um jornalismo feito pelo povo e para o povo”.

Portanto, jornalismo popular e jornalista popular são diferentes de jornal popular. O jornalismo popular não pode ter fim nele mesmo, não deve existe com outro interesse que não seja o da comunidade onde esteja inserido. Por isso, ele só será realmente popular se estiver dentro de uma comunidade, servindo a ela e por ela sendo construído.
Os jornalistas que fazem jornais ditos populares, que se autodenominam jornalistas populares e ganham fortunas mensalmente, não sentem na pele o que é passar 1 hora dentro de um ônibus lotado todos os dias pagando tarifas absurdas e ganhando um salário de miséria no fim do mês; não sabem o que é trabalhador 10 ou 12 horas por dia pra ganhar menos de um salário mínimo; não sabem o que não ter um pedaço de pão para seus filhos tomarem café antes de ir para escola, e que muitas vezes, o desespero leva ao roubo (não por maldade, mas por necessidade), e eles, que se dizem defensores do povo, chamam esses trabalhadores, excluídos pela sociedade, de ladrões e vagabundos.
Por isso, considero esse tipo de jornalismo como Populacho que, antigamente, era o nome dado às pessoas que não pertenciam ao povo de Israel, que estavam no Egito por ocasião das pragas e resolveram ir junto com o povo de Israel. Isso é bem semelhante com o que acontece hoje com o jornalismo dito do “povão”, eles, os jornalistas muitas vezes não são daquela determinada camada social, mas que, para poder garantir seu sustento e seu salário no fim do mês, se colocam como povo e seguem o povo, mesmo não sendo.
Então uma coisa fica clara: não haverá comunicação verdadeiramente popular enquanto o povo, com suas angústias e alegrias, não tornarem-se produtores, autores e atores principais nesse processo. Uma noticia somente será verdadeira de fato quando for feita por aqueles que a vivenciaram.
O que estou falando nesse texto não é simplesmente uma balela de estudos científicos (estudos que estão distantes do povo não por que eles queiram, mas por que são obrigados). O que estou colocando aqui é a necessidade real de rediscutir a forma como se vem fazendo jornalismo no Piauí e no Brasil, de um modo geral. Dizer que jornalista pra viver precisa esquecer a ética, é a mais pura constatação que chegamos no limite da nossa moral profissional. Não estamos nessa profissão apenas para retratar fatos e acontecimentos, estamos aqui por não podemos nos calar diante da injustiça, da desigualdade, da irresponsabilidade, mesmo quando esta recai dentro de nosso próprio meio de trabalho.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Poesia, rebeldia e arte!

Sabe o que esta por vir?


Não?




Pois é, nem eu!



Visite o Blog do Sociedade dos Poetas por vir:
www.sociedadedospoetasporvir.blogspot.com

domingo, 2 de outubro de 2011

Mais um meio para o objetivo final - Da rede às ruas!


Ato Contra o aumento da tarifa de transporte coletivo em Teresina.



A crise do sistema capitalista, que pode ser nitidamente percebida em 2008, voltou a modificar a rotina das pessoas mundo a fora. Cresceu a inflação, implantou-se impostos por cima de impostos, planos de austeridades, e em alguns países tudo isso foi agravado pelos métodos ditatoriais de seus governantes. A juventude mundial não tem mais emprego, não tem educação de qualidade, não tem saúde, nem moradia.
Mas tem muita disposição para transformar toda essa situação! Na Líbia, no Egito, no Chile, em Londres, no Brasil, nos Estados unidos, na Espanha, em Portugal, milhares e milhares de jovens foram ás ruas de seus países dizer que não agüentavam mais tanta exploração e tanta miséria. Além da luta por direito e por melhores condições de vida, sabe o que todos esses movimentos têm em comum?
Século XXI, a expansão dos meios de comunicação, em especial os eletrônicos, não acelerou somente a globalização do mercado e das redes de influências, permitiu também a mundialização dos movimentos de resistência que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária, no mundo inteiro. As redes sociais - Facebook, Twitter, Orkut, MSN - tornaram-se ferramentais importantíssimas para o processo de mobilização social.
 Alguns estudiosos já laçam uma nova forma de se fazer a ativismo político, chamam de Ciberativismo. Acreditam que o ativismo virtual é uma nova forma de contestação e agregação social, de solidariedade e mais, acreditam que ate a própria noção de estar junto tenha se modificado: “podemos não estar diretamente envolvidos nos protestos no Oriente Médio, lado a lado com os manifestantes, mas podemos estar junto com os manifestantes num espaço virtual, onde as ações políticas também acontecem”.
Não é nenhuma inverdade afirmar que as redes sociais e novo mundo virtual que se ergueu nas redes de internet, trouxeram uma nova forma de mobilização social. Mas para muitos, o que acontece, é que o Ciberativismo torna-se um fim, quando na verdade ele é apenas mais um meio de militância e ativismo.  Ou seja, a aliança entre a comodidade de estar em casa na frente do computador e o feadback instantâneo das redes sociais gera um sentimento de dever cumprido e objetivo final atingido.
A idéia que se passa é que a internet agora é o meio mais eficiente de mobilização social. Mas as novas práticas não superam as antigas. E a historia é prova viva disto, todos os movimentos da juventude mundial que contaram com a mobilização via redes sociais, só puderam ser massificados e potencializados nas ruas e praças. A mobilização rosto a rosto ainda é a mais eficiente.
As conquista reais só serão dadas quando disputadas em ambientes reais. E tenho dito.